Santo Inácio de Loyola, nasceu numa família cristã espanhola, nobre e muito rica, na cidade de Azpeitia no ano de 1491, O mais novo de treze filhos, foi educado, com todo cuidado, para tornar-se um perfeito fidalgo, em 1517, optou pela carreira militar. Por isso foi prestar serviços a um outro parente, não menos importante, o duque de Najera e vice-rei de Navarra, o qual defendeu em várias batalhas, militares e diplomáticas.
Mas, em 20 de maio de 1521, uma bala de canhão mudou sua vida. Ferido por ela na tíbia da perna esquerda, durante a defesa da cidade de Pamplona, ficou um longo tempo em convalescença. Nesse meio tempo, meio por acaso, trocou a leitura dos romances de infantaria e guerra, por livros sobre a vida dos santos e a Paixão de Cristo. E assim foi tocado pela graça.
Tendo estudado filosofia e teologia em Paris e Veneza, tornou-se um dos fundadores da Companhia da Jesus, ordem religiosa criada para combater a expansão do protestantismo na Europa, por meio do ensino e expansão da fé católica. Foi ordenado padre jesuíta, pelo Papa Paulo III.
Conversão
Durante o longo período de recuperação, Loyola entrega-se à reflexão e à leitura de textos filosóficos, preocupado com sua salvação.
Em 1522, Loyola decide renunciar a tudo, deixa casa e roupas finas, dorme em albergues, veste um saco de penitência, faz sete horas de oração por dia, faz jejum e vigília.
Passa um ano em um retiro junto aos dominicanos no mosteiro de Manresa na Catalunha e assimila a essência da vida cristã.
Das anotações feitas dessa experiência escreve “Exercícios Espirituais”, um manual de religião para uso pessoal.
Por suas ideias avançadas para a época, Loyola chegou a ser preso pela Inquisição, mas diante dos juízes do Santo Ofício, conseguiu provar que não era herege e foi libertado.
Peregrinação
A partir de 1523, Inácio de Loyola começa suas peregrinações e retiros. Vai para Barcelona e em seguida para Roma, com o objetivo de obter o passaporte pontifício, para seguir viagem para Jerusalém.
Chegando ao destino, foi recebido pelos Franciscanos e visitou os locais sagrados da Terra Santa. Em 1524 volta para Barcelona, onde se dedica ao estudo da gramática latina. Em seguida, foi para Alcalá, ingressou na universidade onde cursou Teologia.
Pregações
Começou com as pregações e a ensinar seu Exercício Espiritual. Preso pela Inquisição foi solto pelo arcebispo de Toledo e aconselhado a estudar em Salamanca.
Ficou proibido de fazer pregações até concluir o curso de Teologia. Foi para Paris, em 1528, onde estudou teologia, filosofia e ciências.
Companhia de Jesus
Em 1533 já conseguia reunir os primeiros seguidores. Eram oito homens que tomaram a decisão de se voltarem inteiramente à pobreza, à castidade e à missão de converter os muçulmanos.
No dia 15 de agosto de 1534, reunidos na Capela de Saint-Denis, na Igreja de Santa Maria, em Montmartre, foram ordenados e fizeram o primeiro juramento de compromisso, inaugurando a “Companhia de Jesus”.
A Ordem Religiosa pretendia fazer caridade, ensinar e expandir a fé católica e dedicar-se às missões entre os muçulmanos da Palestina.
Reunidos em Veneza, foram procurar o Papa Paulo III que considerou que seus serviços poderiam ser bastante valiosos, numa época em que se manifestavam por toda parte movimentos antipapais.
Reconhecimento Papal
O Santo Padre aprovou a “Companhia de Jesus” e logo começaram a desenvolver os trabalhos missionários. A ordem foi estabelecida oficialmente em 1540. Ignácio passa a governar estes “Soldados de Cristo”, os “Jesuítas”.
A severa formação de seus membros, a centralização e a disciplina da ordem, o sucesso de seus métodos de ensino, ampliaram rapidamente seus seguidores e afastaram muitos cristãos das ideias protestantes, principalmente na Bélgica, Holanda, Espanha, Itália, Polônia e Portugal.
Ele preparou e enviou os missionários jesuítas ao mundo todo, para fixarem o cristianismo, especialmente aos nativos pagãos das terras do novo continente. Entretanto, desde que esteve no cargo de geral da Ordem, Inácio nunca gozou de boa saúde. Muito debilitado, morreu no dia 31 de julho de 1556, em Roma, na Itália. Foi canonizado pelo Papa Gregório XV.