Antigo Testamento /

A falsa sabedoria dos amigos.

Capítulo 17

1Meu espírito se apaga,
meus dias se extinguem;
o sepulcro me espera.
2Não estou rodeado de zombadores?
Meus olhos contemplam sua hostilidade.
3Sede vós mesmo minha garantia junto de vós.
Quem mais quereria bater em minha mão?
4Porque privastes de inteligência a mente deles,
por isso não deixareis que triunfem.
5Como quem convida os amigos à partilha,
enquanto os olhos de seus filhos desfalecem;
6assim me tornei ludíbrio dos povos,
sou objeto de escárnio diante deles.
7Meu olho se ofusca de dor
e meus membros não são mais que sombra.
8Gente honesta se espanta com isto
e o inocente se indigna contra o ímpio.
9Mas o justo se confirma em sua conduta,
e quem tem mãos puras redobra de coragem.
10Quanto a vós, voltai todos e vinde:
e entre vós não acharei um sábio.
11Passaram meus dias, se esfumaram meus projetos,
os desejos de meu coração.
12Pretendem que a noite seja dia,
que a luz esteja iminente, quando chegam as trevas.
13Se posso esperar alguma coisa, o abismo é minha casa,
nas trevas estendo meu leito.
14Ao sepulcro eu grito: “Tu és meu pai!”
e aos vermes: “Minha mãe, minhas irmãs sois vós!”
15E minha esperança onde está?
Meu bem-estar, quem o pode ver?
16Descerão comigo ao abismo,
quando juntos baixarmos ao pó.

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