Seguindo a Programação da Semana Santa, A Paróquia São José de São José da Bela Vista-SP, às 15:00 hs realiza a via sacra na Igreja e as 19:30 Meditação das sete últimas palavras de Jesus na Cruz e às sete dores de Maria Santíssima na praça do cemitério.
As sete últimas palavras de Jesus na cruz
I) Perdão
“Pai perdoa-lhes porque não sabem o que fazem” (Lc 23:34).
1) Jesus se deixa crucificar pelos pecados do mundo
2) Jesus de deixa crucificar pelo perdão da humanidade
II) Abertura do Céu
“Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” (Lc 23:43).
1) Jesus se deixa crucificar pela salvação dos perdidos
2) Jesus se deixa crucificar para nos abrir o caminho e as portas do Céu
III) Amor e Proteção
“Mulher eis aí o teu filho… eis aí a tua mãe”. (Jo 19:26-27).
1) Jesus se deixa crucificar por amor, para proteção do mundo.
2) Jesus recomenda Sua mãe a João e este a Sua mãe, proclamando a grande fraternidade da família de Deus.
IV) Substituição
“Deus Meu, Deus Meu, porque Me desamparaste?” (Mt 27:46 e Mc 15:34).
1) Jesus se deixa crucificar no lugar dos pecadores (II Cor 5:21).
2) Jesus se esvazia da Divindade, para dar aos perdidos a plenitude da vida eterna.
V) Sede de Redenção
“Tenho sede” (Jo 19:28).
1) Jesus morre, para dar a Água da Vida aos perdidos
2) Jesus anseia pelo mundo remido da sequidão do mal e do pecado.
VI) Consumação da Redenção
“Está consumado” (Jo 19:30).
1) Jesus fica satisfeito de ver consumado Sua Obra de Redenção, Sua Vitória sobra a morte.
2) Jesus contempla o mundo remido pela Sua morte, que trás a vida.
VII) Entrega ao Pai
“Pai nas Tuas Mãos entrego o Meu Espírito” (Lc 23:46).
1) Jesus expira nas Mãos do Pai, para trazer a vida com abundancia – Jo 10.10b.
2) Jesus reina no mundo espiritual, abrindo ao mundo o Reino de Vida Eterna – (Ap 1.18).
Conclusão: Sete palavras de completa salvação… O sangue de Jesus Cristo nos lave de todo mal, de todo o pecado, e nos conceda a vida abundante aqui e a salvação eterna – (1 Jo 1.7).
Aceite a Jesus como o seu salvador e terás salvação eterna.
Sete Dores de Nossa Senhora
1ª. Dor – Apresentação de meu Filho no templo
E uma espada traspassará a tua própria alma (Luc. 2,35)
Nesta primeira dor veremos como o coração de Maria Santíssima foi transpassado por uma espada, quando Simeão profetizou que o Filho dela seria a salvação de muitos, mas também serviria para ruína de outros. A virtude que aprendemos nesta dor é a da santa obediência. Sejamos obedientes aos superiores, porque são eles instrumentos de Deus.
2ª. Dor – A fuga para o Egito
Levanta-te, toma o menino e sua mãe, foge para o Egito (Mt. 2,13)
Irmãos, quando Jesus, Maria e José fugiram para o Egito, foi grande dor saber que desejavam matar o seu filho, aquele que trazia a salvação! Maria não se aflige pelas dificuldades em terras longínquas; mas por ver seu filho inocente perseguido, por ser o Redentor. Maria suportou o exílio por amor e por alegria por Deus fazer dela cooperadora do mistério da salvação. No exílio Maria sofreu provocações, mas as portas do Céu futuramente abriam para Maria. Esta dor nos ensina a aceitar as provocações do dia-a-dia com alegria de quem sofre para agradar a Deus.
3ª. Dor – Perda do Menino Jesus
Eis que teu pai e eu ansiosos te procurávamos (Lc. 2,48)
Maria procurou Jesus por três dias. Maria tinha consciência de que Ele era o Messias prometido. Quando o encontrou no Templo, no meio dos doutores, ao dizer-lhe que havia deixado sua mãe três dias em aflição, ele respondeu-lhe: “Eu vim ao mundo para cuidar dos interesses de meu Pai, que está no Céu”. À esta resposta do meigo Jesus, Maria emudeceu e compreendeu que sendo o seu Filho, Homem e Deus, aquele que salva assim deveria proceder, submetendo a sua vida à vontade de Deus, que muitas vezes nos fere em proveito de nossos irmãos.
4ª. Dor – Doloroso encontro no caminho do Calvário
Quando olhávamos para ele, nenhuma beleza víamos (Is. 53,2)
Contemplemos e vejamos se há dor semelhante à dor de Maria Santíssima, quando encontrou-se com seu divino Filho a caminho do Calvário, carregando uma pesada cruz e insultado como se fosse um criminoso.
‘É preciso que o Filho de Deus seja esmagado para abrir as portas da mansão da paz!’ Lembremo-nos de suas palavras e aceitemos a vontade do Altíssimo, nossa força em horas tão cruéis de nossa vida.
Ao encontrá-lo, Jesus fitou os olhos de Maria e a fez compreender a dor de sua alma. Não pôde dizer-lhe palavra, porém a fez compreender que era necessário que se unisse à Sua grande dor. Amados irmãos, a união da grande dor de Maria e Jesus nesse encontro tem sido a força de tantos mártires e de tantas mães aflitas!
Almas que temem o sacrifício aprendam nesta meditação a se submeterem à vontade de Deus, como Maria e Jesus se submeteram! Aprendam a calar nos seus sofrimentos.
5ª. Dor – Aos pés da Cruz
E a tua vida estará como em suspenso diante de ti (Dt. 28,66)
Na meditação desta dor encontraremos consolo e força para nossas almas contra mil tentações e dificuldades e aprenderemos a ser fortes em todos os combates de nossa vida.
Contemplemos Maria aos pés da Cruz, assistindo à morte de Jesus, com a alma e o coração transpassados com as mais cruéis dores!
Não nos escandalizemos com o que fizeram os judeus! Eles diziam: ‘Se Ele é Deus, por que não desce da cruz e se livra a si próprio?!’ Infelizes aqueles que não crêem que Jesus é o Messias. Não podem compreender que um Deus se humilhasse tanto e que a sua divina doutrina pregava a humildade. Jesus precisava dar o exemplo, para que seus filhos tivessem a força de praticar uma virtude, que tanto custa aos filhos deste mundo, que têm nas veias a herança do orgulho. Infelizes os que, à imitação dos que crucificaram a Jesus, ainda hoje não sabem se humilhar!
6ª. Dor – Uma lança atravessa o Coração de Jesus
Tirou da cruz o corpo (Mc. 15,46)
Com a alma imersa na mais profunda dor, Maria viu Longinus transpassar o coração de seu Filho, sem poder dizer uma palavra! Derramou muitas lágrimas… Só Deus pode compreender o martírio desta hora, na alma e no coração!
Depois depositaram Jesus em seus braços, não cândido e belo como em Belém… Morto e chagado, parecendo mais um leproso do que aquele adorável e encantador menino, que tantas vezes apertara ao seu coração!
Se Maria tanto sofreu, não será ela capaz de compreender os nossos sofrimentos? Por que, então, não recorramos a Maria com mais confiança, ela que tem tanto valor diante do Altíssimo?
Por muito ter sofrido aos pés da cruz, muito lhe foi dado! Se não tivesse sofrido tanto, não teria recebido os tesouros do Paraíso em suas mãos.
7ª. Dor – Jesus é sepultado
Envolveu-o no pano e o depositou num sepulcro aberto em rocha (Mc. 15,46)
Quanta dor padeceu Maria quando teve que ver sepultado seu Filho. A quanta humilhação seu Filho se sujeitou, deixando-se sepultar, sendo Ele o mesmo Deus! Por humildade, Jesus submeteu-se à própria sepultura, para depois, glorioso, ressuscitar dentre os mortos!
Bem sabia Jesus o quanto Maria sofreria vendo-o sepultado; não a poupando, quis que Maria também fosse participante na sua infinita humilhação!
Vejamos como Deus amou a humilhação! Tanto que deixou-se sepultar nos santos Sacrários, a esconder sua majestade e esplendor, até o fim do mundo! Na verdade, o que se vê no Sacrário? Apenas uma Hóstia Branca e nada mais! Ele esconde sua magnificência debaixo da massa branca das espécies de pão! E não o admiramos tanto quanto Ele merece, por Jesus assim Se humilhar até o fim dos séculos!
A humildade não rebaixa o homem, pois Deus Se humilhou até à sepultura e não deixou de ser Deus.
Se queremos corresponder ao amor de Jesus, devemos mostrar que O amamos, aceitando as humilhações. A aceitação da humilhação nos purifica de toda e qualquer imperfeição e, desprendendo-nos deste mundo, passamos desejar mais intensamente o Paraíso.
Apresentamos estas sete Dores de Maria, não para queixar somente, mas para mostrar as virtudes que devemos praticar, para um dia estar ao seu lado e ao lado de Jesus! Receberemos a glória imortal, que é a recompensa das almas que, neste mundo, souberam morrer para si, vivendo só para Deus!
Nossa Mãe nos abençoa e nos convida a meditar muitas vezes nestas palavras ditadas, porque muito nos amo.