O Senhor esteja convosco.
Ele esta no meio de nós.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 16,23-28
Gloria a Vós, Senhor.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
43“Não há árvore boa que dê mau fruto, nem árvore má que dê bom fruto. 44Pois, cada árvore se conhece por seu fruto: no meio de espinhos não se apanham figos, nem se colhem uvas dos abrolhos. 45O homem bom, do bom tesouro que é seu coração, tira o bem; mas o homem mau, de seu mau tesouro, tira o mal; pois a boca fala daquilo de que o coração está cheio”. 46“Por que me chamais: ‘Senhor, Senhor’, e não fazeis o que vos mando 47Todo aquele que vem a mim, ouve minhas palavras e as põe em prática, vou mostrar-vos a quem se assemelha: 48é semelhante a um homem que, construindo uma casa, cavou, furou bem fundo e colocou os alicerces sobre a rocha; veio a enchente, o rio precipitou-se contra a casa, mas não a pôde abalar, porque estava bem construída. 49Ao contrário, quem ouve e não pratica é semelhante ao homem que construiu a casa sobre o chão sem alicerce; o rio precipitou-se contra a casa e logo ela caiu; e foi grande a ruína daquela casa!”
Palavra da Salvação.
Gloria a Vós, Senhor.
É inútil o discípulo fazer sua confissão de fé e proclamar “Senhor, Senhor”, quando sua vida destoa deste testemunho de adesão a Jesus. De nada vale o palavreado vazio sem o respaldo das boas obras. A sua condição de discípulo revela-se com gestos concretos de amor e misericórdia no trato mútuo, de modo especial com os mais pobres.
Jesus ofereceu um critério de discernimento, útil para distinguir os verdadeiros dos falsos profetas e líderes da comunidade. Servindo-se de linguagem metafórica, formulou-o assim: a qualidade da árvore é conhecida pela qualidade de seu fruto. Os frutos bons provêm de árvores boas. Pelo contrário, as árvores ruins produzem frutos ruins. Aplicado ao discipulado cristão e à liderança eclesial, significa que a bondade ou a maldade dos discípulos e dos líderes manifesta-se não pelo que dizem, mas pelo que fazem.
Se a vida deles for um testemunho inequívoco de amor solidário aos demais, pode-se dar crédito aos seus ensinamentos e segui-los. Mas urge acautelar-se dos indivíduos que se mostram pródigos no falar e parcos no fazer, ou então, pregam o amor e são opressores do próximo; ensinam a justiça e se destacam por serem injustos; exigem solidariedade e partilha e se fecham egoistamente em torno do que acumularam; proclamam o valor do perdão, mas cultivam no coração o ódio e o rancor.